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Hacker invade babá eletrônica de criança de 1 ano


Você tem babá eletrônica em casa? Esses aparelhos, que são de grande ajuda na hora de observar as crianças, têm vulnerabilidades que a maioria dos pais nem imagina. Foi o caso de Raquel Keppe, administradora e mãe de dois filhos Eduardo, 4 anos, e Thiago, 1, que não desconfiava que a babá eletrônica do caçula poderia ter seu sistema invadido.

Ela percebeu que o aparelho se comportava de forma estranha há mais ou menos oito meses. “Quando entrei no quarto do meu filho, percebi que a câmera estava se mexendo sozinha”, conta Raquel. “A lente virou para o teto, para a parede e depois abaixou. Achei esquisito, mas não dei muita importância.”

Meses depois, Raquel ouviu uma música infantil vindo do quarto de Thiago no meio da noite. “Fui até lá ver o que estava acontecendo”, afirma. “Percebi que o som vinha da câmera, tentei mexer nas configurações, mas nada funcionava. Até que, de repente, a música parou de tocar sozinha.”

Algumas semanas depois, ao se deparar com uma matéria sobre invasão de babás eletrônicas nas redes sociais, Raquel percebeu que o comportamento estranho de seu aparelho era uma ação de hackers. Sua babá eletrônica, da marca Foscam, foi comprada nos Estados Unidos e vem com a opção de acesso remoto, por meio de um login e senha. Escolher uma senha difícil para babá é uma das melhores maneiras de protegê-la, mas Raquel não sabia das configurações de segurança que o aparelho possuía.

Casos parecidos com o da administradora já aconteceram em diversos países. Nos Estados Unidos, o casal Marc e Lauren Gilbert acordou no meio da noite ao ouvir uma voz "de sotaque britânico ou europeu" gritando obscenidades pela babá eletrônica que estava no quarto da filha, de acordo com a rede ABC News. O aparelho também era da marca Foscam. “Depois que isso aconteceu, fiz uma pesquisa e descobri que existem até fóruns que ensinam como hackear babás eletrônicas e câmeras de escolas e creches”, diz Raquel.


Como se proteger dos ataques
Para evitar invasões como as que aconteceram na casa de Raquel e na dos americanos Marc e Lauren Gilbert, é importante manter o software do aparelho atualizado emudar a senha do wi-fi com frequência.


Denuncie!
De acordo com Ronaldo Tossfunian, delegado titular da Delegacia de Crimes Eletrônicos da Polícia Civil São Paulo, há possibilidade de identificar os invasores pelos registros da empresa da babá eletrônica. “Quando alguém acessa a babá eletrônica, o IP dessa pessoa fica marcado em um registro que o fabricante possui e é possível investigar a partir daí”, explica.

Tossfunian afirma que a invasão de babá eletrônica se enquadra na “Lei Carolina Dieckmann”, em vigor desde 2012, que visa punir invasões de dispositivos informáticos com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do dono. Quem for vítima do crime, pode fazer um boletim de ocorrência na delegacia de crimes eletrônicos. A pena para esse tipo de crime varia de 3 meses a 1 ano de reclusão mais multa. Porém, como o crime é considerado de pouca periculosidade, a pena geralmente é convertida em serviço comunitário e compra de cestas básicas.


Por: Juliana Malacarne
Fonte: Revista Crescer
Edição: Diogenes Bandeira - Consultor de Segurança Eletrônica
Blog: Diogenes Bandeira
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