A engenharia brasileira está 
participando da integração dos sistemas elétricos e dos sistemas de 
armas e autoproteção dos helicópteros EC-725, fabricados pela europeia 
Eurocopter, controlada pela EADS. Para quem não é tão familiarizado com o
 setor de aviação e de defesa, pode parecer pouco, mas coloca o país no 
rumo de conseguir projetar, no curto prazo, uma aeronave totalmente 
brasileira.
	Controlada pela Eurocopter, a Helibras 
está fazendo a aproximação entre a engenharia nacional e os centros de 
desenvolvimento do grupo na Europa. No começo do ano, o centro de engenharia 
da companhia instalado em Itajubá (MG), onde a Helibras tem sua fábrica,
 recebeu o certificado Design Authorized Organization Certificate, que o
 coloca no mesmo nível dos outros três centros do grupo, instalados na 
França, Alemanha e Espanha. A equipe brasileira é responsável pelo 
desenvolvimento no Brasil de parte dos 50 helicópteros comprados pelas 
Forças Armadas do país, em um contrato avaliado em € 1,9 bilhão. São 16 
aeronaves para cada uma das três armas e dois para a Presidência da 
República.
	A meta é atingir um índice de 50% de 
nacionalização até 2015, compromisso assumido pela empresa com o governo
 brasileiro. As duas primeiras entregas estão marcadas para 2015. "Estamos trabalhando com o estado da arte
 em termos de ferramentas de integração de sistemas e capacidade para 
absorver os domínios de engenharia que ainda faltam para conceber o 
helicóptero brasileiro, que fará parte da gama de produtos da 
Eurocopter", afirma Walter Filho, chefe do centro de engenharia. 
Incluindo as empresas e universidades parceiras, o número de engenheiros
 no processo já passa de 100. O primeiro protótipo do projeto de 
integração do sistema de armas e de autoproteção já foi instalado e deve
 passar pelo processo de certificação. Segundo Filho, esse sistema será 
instalado na versão naval do 725, que ainda não existe na Eurocopter. "A
 Helibras será responsável por esse projeto." O modelo que será entregue
 para a Marinha é diferente dos helicópteros vendidos para o Exército e a
 Aeronáutica. O programa de desenvolvimento dos 
helicópteros conta com 21 projetos de cooperação industrial e outros 
sete de transferência de tecnologia. Incluem as áreas de estruturas 
primárias de compósitos e engenharia de integração de sistemas. Para atender todo esse volume de 
trabalho, foram fechados 16 contratos com empresas brasileiras de 
serviços, logística e fabricantes de subconjuntos aeronáuticos. "O 
conhecimento gerado pelo projeto não ficará só na Helibras. 
Universidades, como o ITA e a Unifei [Universidade Federal de Itajubá], e
 empresas vão compartilhar esse conhecimento", disse Eduardo Marson, 
presidente da Helibras. A Akaer e a Inbra Aerospace estão entre 
essas empresas. A Akaer participa do trabalho de customização dos 
sistemas dos helicópteros e do projeto de instalação de equipamentos e 
tem oito engenheiros e técnicos trabalhando dentro do centro de 
engenharia da Helibras. A Inbra é responsável pelo desenvolvimento da 
estrutura intermediária em material composto, ou seja, o conjunto que 
une a cabine ao cone de cauda da aeronave. Já a Unifei espera a definição dos 
governos federal e de Minas Gerais para a construção do Centro 
Tecnológico de Helicópteros (CTH), um investimento de R$ 200 milhões. 
Independente do CTH, a universidade criou um curso de graduação em 
engenharia mecânica Aeronáutica, com ênfase em helicópteros, e a partir 
de 2014 terá um programa de dupla diplomação na França para estudantes 
brasileiros desse setor. Alguns dos ex-alunos da Unifei já estão 
envolvidos diretamente no projeto. É o caso da engenheira Erika Melo, 
que com apenas dois anos de formada já comanda uma equipe de cinco 
engenheiros dedicada à integração dos sistemas elétricos. Todas essas iniciativas respaldam a 
previsão feita, em outubro, pelo presidente mundial da Eurocopter, Lutz 
Bertling. Em visita ao Brasil para inauguração das novas instalações da 
Helibras, o executivo disse que o grupo acredita a engenharia brasileira
 estará preparada para projetar e lançar no mercado o primeiro 
helicóptero nacional por volta de 2020.
Por: Virgínia Silveira.
Fonte: Valor. 
Helibras está mais perto do primeiro projeto nacional.
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