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TCP/IP completa 30 anos.


A internet moderna, da forma como a utilizamos hoje, baseada no protocolo TCP/IP, completou 30 anos, ontem, dia 1 de janeiro de 2013. Para celebrar a data, o Google convidou seu vice-presidente e evangelista da web, Vicent Cerf, para contar a história. Cerf foi um dos criadores do protocolo TCP/IP ao lado de Robert Kahn e Jon Postel. O TCP/IP surgiu para uniformizar o tráfego entre redes embrionárias já existentes como a Arpanet, desenvolvida pelo laboratório de Defesa dos Estados Unidos (Darpa). “Robert Kahn e eu desenvolvemos um novo protocolo de comunicação de computador projetado para suportar a conexão entre diferentes redes. Nós o chamamos de TCP, abreviação para ‘Transmission Control Protocol’ e, em 1974, publicamos um artigo sobre isso na ‘IEEE Transactions on Communications’”, afirmou ele. “Mais tarde, para lidar melhor com a transmissão de dados em tempo real, incluindo voz, dividimos o TCP em duas partes, o que deu origem ao Internet Protocol, ou IP. Os dois protocolos combinados eram apelidados de TCP/IP.” Em 1981, o Darpa começou a testar o protocolo para integrar suas redes. No dia 1 de janeiro de 1983, os 400 servidores do laboratório, baseados no protocolo NCP, foram desligados e o sistema migrou para o TCP/IP, dando origem à internet atual. “Quando chegou o dia, o principal sentimento foi de alívio, especialmente entre os administradores do sistema. Não houve celebrações. As únicas lembranças que tenho são os bottons com a inscrição ‘Eu sobrevivi à migração para o  TCP / IP’”, relembrou Cerf no blog do Google.
Fonte: Info Exame.



TCP/IP
O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação entre computadores em rede (também chamado de pilha de protocolos TCP/IP). Seu nome vem de dois protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol - Protocolo de Controle de Transmissão) e o IP (Internet Protocol - Protocolo de Interconexão). O conjunto de protocolos pode ser visto como um modelo de camadas, onde cada camada é responsável por um grupo de tarefas, fornecendo um conjunto de serviços bem definidos para o protocolo da camada superior. As camadas mais altas estão logicamente mais perto do usuário (chamada camada de aplicação) e lidam com dados mais abstratos, confiando em protocolos de camadas mais baixas para tarefas de menor nível de abstração.

O TCP/IP foi desenvolvido em 1969 pelo U.S. Departament of Defense Advanced Research Projects Agency, como um recurso para um projeto experimental chamado de ARPANET (Advanced Research Project Agency Network) para preencher a necessidade de comunicação entre uma grande quantidade de sistemas de computadores e várias organizações militares dispersas. O objetivo do projeto era disponibilizar links (vínculos) de comunicação com alta velocidade, utilizando redes de comutação de pacotes. O protocolo deveria ser capaz de identificar e encontrar a melhor rota possível entre dois sites(locais), além de ser capaz de procurar rotas alternativas para chegar ao destino, caso qualquer uma das rotas tivesse sido destruída. O objetivo principal da elaboração de TCP/IP foi na época, encontrar um protocolo que pudesse tentar de todas as formas uma comunicação caso ocorresse uma guerra nuclear.A partir de 1972 o projeto ARPANET começou crescer em uma comunidade internacional e hoje se transformou no que conhecemos como Internet. Em 1983 ficou definido que todos os computadores conectados ao ARPANET passariam a utilizar o TCP/IP. No final dos anos 80 o Fundação nacional de Ciencias em Washington, D.C, começou construir o NSFNET, um backbone para um supercomputador que serviria para interconectar diferentes comunidades de pesquisa e também os computadores da ARPANET. Em 1990 o NSFNET se tornou o backbone principal das redes para a Internet, padronizando definitivamente o TCP/IP.

De 1973 a 1974, o grupo CERF de redes de pesquisas de Stanford trabalhou os detalhes da idéia do protocolo TCP/IP, resultando em sua primeira especificação. A influência tecnica significativa foi o trabalho da Xerox PARC, que produziu o PARC Packet Universal protocolo suite, muito do que existia naquela época. DARPA então contratado pela BBN Technologies, da Universidade de Stanford e da Universidade College de Londres para desenvolver versões operacionais do protocolo sobre diferentes plataformas de hardware. Quatro versões foram desenvolvidas: TCP v1, v2 TCP, TCP v3 e v3 IP e TCP / IP v4. O último protocolo ainda está em uso hoje. Em 1975, foi realizada um teste de comunicação entre duas redes TCP/IP entre Stanford e University College London (UCL). Em novembro de 1977, foi realizado um teste entre três redes TCP/IP entre os sites nos EUA, Reino Unido e Noruega. Vários outros protótipos TCP/IP foram desenvolvidos em multiplos centros de pesquisa entre 1978 e 1983. A migração da ARPANET para o TCP/IP foi oficialmente concluído no dia da bandeira 01 de janeiro de 1983, quando os novos protocolos foram permanentemente ativado.

O TCP/IP sempre foi considerado um protocolo bastante pesado, exigindo muita memória e hardware para ser utilizado. Com o desenvolvimento das interfaces gráficas, com a evolução dos processadores e com o esforço dos desenvolvedores de sistemas operacionais em oferecer o TCP/IP para as suas plataformas com performance igual ou às vezes superior aos outros protocolos, o TCP/IP se tornou um protocolo indispensável. Hoje ele é tido como “The Master of the Network” (O Mestre das Redes), pois a maioria das LANs exige a sua utilização para acesso ao mundo externo. O TCP/IP oferece alguns benefícios, dentre eles:
  • Padronização: Um padrão, um protocolo roteável que é o mais completo e aceito protocolo disponível atualmente. Todos os sistemas operacionais modernos oferecem suporte para o TCP/IP e a maioria das grandes redes se baseia em TCP/IP para a maior parte de seu tráfego.
  • Interconectividade: Uma tecnologia para conectar sistemas não similares. Muitos utilitários padrões de conectividade estão disponíveis para acessar e transferir dados entre esses sistemas não similares, incluindo FTP (File Transfer Protocol) e Telnet (TerminalEmulation Protocol).
  • Roteamento: Permite e habilita as tecnologias mais antigas e as novas se conectarem à Internet. Trabalha com protocolos de linha como PPP (Point to Point Protocol) permitindo conexão remota a partir de linha discada ou dedicada. Trabalha como os mecanismos IPCs e interfaces mais utilizados pelos sistemas operacionais, como Windows Sockets e NetBIOS.
  • Protocolo robusto: Escalável, multiplataforma, com estrutura para ser utilizada em sistemas operacionais cliente/servidor, permitindo a utilização de aplicações desse porte entre dois pontos distantes.
  • Internet: É através da suíte de protocolos TCP/IP que obtemos acesso a Internet. As redes locais distribuem servidores de acesso a Internet (proxy servers) e os hosts locais se conectam a estes servidores para obter o acesso a Internet. Este acesso só pode serconseguido se os computadores estiverem configurados para utilizar TCP/IP.

Os protocolos para internet formam o grupo de protocolos de comunicação que implementam a pilha de protocolos sobre a qual a internet e a maioria das redes comerciais funcionam. Eles são algumas vezes chamados de "protocolos TCP/IP", já que os dois protocolos: o protocolo TCP - Transmission Control Protocol (Protocolo de Controle de Transmissão); e o IP - Internet Protocol (Protocolo de Internet) foram os primeiros a serem definidos.
O modelo OSI descreve um grupo fixo de sete camadas que pode ser comparado, a grosso modo, com o modelo TCP/IP. Essa comparação pode causar confusão ou trazer detalhes mais internos para o TCP/IP.
O modelo inicial do TCP/IP é baseado em 4 níveis: Host/rede; Inter-rede; Transporte; e Aplicação. Surgiu, então, um modelo híbrido, com 5 camadas, que retira o excesso do modelo OSI e melhora o modelo TCP/IP: Física; Enlace; Rede; Transporte; e Aplicação.
Resumidamente, o modelo é o que podemos chamar de uma "solução prática para problemas de transmissão de dados". Textualmente isto pode parecer muito genérico, pois na realidade para melhor compreensão de um protocolo TCP/IP deveremos usar exemplos práticos.
Este modelo é ocasionalmente conhecido como modelo DoD, devido à influência fundamental da ARPANET em 1970 (operado pela DARPA, uma agência do Departamento de Defesa dos Estados Unidos).

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