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Veja porque é preciso aceitar ideias loucas dos funcionários


Os funcionários não querem benefício financeiro necessariamente, querem reconhecimento. Eles precisam ter um sentido para suas vidas no trabalho". O diagnóstico é de Daniel Lamarre, CEO do Cirque du Soleil. Sem funcionários engajados e motivados, será muito difícil manter a empresa criativa, algo que para Lamarre é "a alma do negócio". "Não há empresa ou negócio sem que haja criatividade", defendeu durante palestra realizada no HSM ExpoManagement realizado nesta terça-feira (10/11) em São Paulo. Para estimular os funcionários e o processo criativo dentro da empresa, Lamarre afirma que institui o que chama de "Eureka". Segundo ele, cada vez que um dos cinco mil funcionários do Cirque tem uma nova ideia pode solicitar uma reunião direta com ele. "Eu me comprometo a explicar o porquê de levarmos ou não a ideia adiante", diz.

Dentro da empresa, Lamarre afirma que é preciso criar ambientes criativos, estimular que um acobrata de 20 anos volte a estudar para se manter motivado quando for perdendo o desempenho físico e buscar os melhores profissionais no mundo. "Temos 50 pessoas que viajam o mundo para ver se estamos contratando os melhores talentos. Se alguém me disser que há uma cantora boa em um bar de São Paulo, eu garanto que, em até 48 horas, eu terei um dos meus olheiros aqui para ouvir essa mulher".

Atualmente, o Cirque Du Soleil conta com 5 mil funcionários, sendo 45 brasileiros, mas possui 75 mil artistas no banco de profissionais. "Nós também trabalhamos com 12 universidades diferentes nos EUA e 11 no Canadá. Digo para um aluno de engenharia: se você fizer uma cadeira voar, eu compro. Esse é o tipo de ideia louca que estamos sempre buscando".

Manter funcionários criativos é o aspecto que Lamarre considera mais importante dentro do Cirque Du Soleil para impressionar sempre o espectador. "E essa tem sido uma tarefa cada vez mais difícil", garante. Durante a palestra, ele contou alguns casos nos quais ouviu "ideias loucas de funcionários" e outros nos quais, sem ousadia e até certa dose de loucura, nada teria saído do papel e chegado ao palco.

É importante conhecer o perigo, porém é contraproducente ficar com medo
Há seis meses, "um dos caras de criação, meio doido" entrou no escritório de Lamarre. Ele disse que conhecera um professor na Suíça que sabia como fazer um drone voar e como o Cirque poderia envolver drones em uma coreografia de um modo nunca antes visto. "Ele parou de falar e, imediatamente, eu falei: 'o que você está fazendo aqui? Pega uma avião e vai para a Suíça. Quero ter um drone no nosso próximo espetáculo'". O espetáculo estreia em maio do ano que vem na Broadway. "É preciso permitir que as pessoas cheguem para você com ideias doidas e que você consiga ajudar a transformá-las em conteúdo sério. Estejam abertos a novas oportunidades", disse.

É preciso se recriar o tempo todo
Lamarre repete o que costuma dizer o fundador do Cirque du Soleil, Guy LaLiberté, quando perguntam sobre o sucesso da companhia. "Nós nos tornamos famosos porque reinventamos a arte circense e isso é muito importante". Lamarre diz que é preciso se recriar todos os dias, fazer as pessoas rirem e se impressionarem -- e isso inclui até mesmo "sumir com o palco". "Um dia, tínhamos sete shows em Las Vegas e precisávamos lançar um oitavo. Montamos um time de criação para isso. Eles se reuniram e chegaram até mim com a seguinte ideia: nós vamos montar um espetáculo no qual não haverá um palco. Eu disse: 'como será possível?' Eles me falaram que o palco ficaria escondido e surgiria lentamente, rodando com os acrobatas. Perguntei se tínhamos tecnologia e eles disseram: 'a tecnologia não existe ainda, precisamos do seu OK para criá-la'. O espetáculo foi feito, um sucesso e ao final, um presidente de uma empresa de entretenimento chegou e me disse: 'você é um louco'".

Jamais decepcione um fã ou Warren Buffett
Manter a pesquisa e desenvolvimento é uma parte muito importante do sucesso da empresa, que acaba sendo julgada sempre por seu show mais recente. Lamarre exemplifica isso ao contar a conversa que teve ao conhecer o mega investidor americano Warren Buffett. "Eu fui a uma convenção e estava tímido, não queria abordar Buffett e parecer tiete. Mas minha mulher ficou me empurrando e fui. Cheguei para ele e me apresentei, dizendo que o admirava muito. Ele se virou na hora e disse: 'Daniel, tem uma coisa que queria lhe dizer: na minha vida inteira, eu vi muitos espetáculos do Cirque e queria dizer que você nunca, nunca me decepcionou'. Eu fiquei lisonjeado, pensando e repensando. Mas depois fiquei nervoso e pensei: meu Deus,se eu decepcionar Buffett um dia ou qualquer um dos nossos fãs, é o fim. Nós só conseguimos criar essa marca tijolo por tijolo, show por show".


Por: Barbara Bigarelli
Fonte: Época Negócios
Edição: Diogenes Bandeira - Consultor de Segurança Eletrônica
Blog: Diogenes Bandeira
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