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5 principais tendências em ataques DDoS


A luta conta os ataques DDoS, não importa se motivados por política ou dinheiro, é uma luta cada vez mais desigual, conforme comprovam os resultados do 11º Relatório Global de Segurança de Infraestrutura da Arbor Networks.

O estudo inclui informações recolhidas diretamente da comunidade mundial de operações de segurança sobre uma ampla gama de questões, que vão desde detecção de ameaças e resposta a incidentes até aspectos relativos a equipes, orçamentos e relacionamento com parceiros. Pela primeira vez, as organizações empresariais, governamentais e educacionais representaram quase metade dos 354 participantes; 52% deles são provedores de serviço, percentual menor que o do 10º, de janeiro de 2015.

As tendências encontrada merecem a adoção de medidas preventivas por parte das equipes de segurança da informação dos provedores de acesso e das empresas usuárias da internet, de modo geral: ataques volumétricos ainda afligem os profissionais, com picos cada vez maiores. No ano passado, apenas 20 por cento dos prestadores de serviços relataram ataques com mais de 50 Gbps. Este ano, cerca de um quarto dos ataques reportados superaram os 100 Gbps nos momentos de pico. "Isso realmente enfatiza a dimensão do problema DDoS, afirma Gary Sockrider, Principal Security Technologist da Arbor.

A incidência de ataques na cama de aplicação (como o ocorrido na Target, em 2013) continua crescendo, tendo sido reportados por 93% dos participante deste ano. O mesmo acontece com e os ataques multi-vetoriais, combinando técnicas de ataques volumétricos com ataques às tabelas de protocolos internet, e também ataques menores, imperceptíveis, porém letais na camada de aplicação. A quantidade de profissionais que tiveram de lider com ataques multi-vetoriais passou de 42% no relatório de 2015 para 56% no relatório deste ano.

Esses ataques multi-vetoriais tamém estão mais complexos para lidar, segundo Darren Anstee, Chief Security Technologist da empresa. Ele lembra que a tecnologia é apenas uma parte da história, uma vez que segurança é um esforço humano, com adversários competentes de ambos os lados. "Graças às informações de operadores de rede em todo o mundo, podemos oferecer informações sobre pessoas e processos, proporcionando uma imagem muito mais rica e nítida sobre o que ocorre nas linhas de frente", completa o executivo.


Cinco principais tendências em ataques DDoS

- Mudança na motivação dos ataques:
 
No ano de 2015, a principal motivação não foi hacktivismo ou vandalismo, mas "criminosos demonstrando capacidade de ataque", algo normalmente associado a tentativas de extorsão.

- O tamanho dos ataques continua crescendo: 
O maior ataque registrado foi de 500 Gbps, havendo também ataques de 450 Gbps, 425 Gbps e 337 Gbps. Em 11 anos desta pesquisa, o tamanho do maior ataque cresceu mais de 60 vezes.

- Ataques complexos em ascensão: 
56% dos participantes relataram ataques multivetor direcionados à infraestrutura, aplicações e serviços simultaneamente, contra 42% no ano anterior; 93% relataram ataques DDoS na camada de aplicação. Agora, o serviço mais comumente visado pelos ataques em camada de aplicação é o DNS (em vez de HTTP).

- Nuvem sob ataque: 
Dois anos atrás, 19% dos participantes observaram ataques direcionados aos seus serviços baseados na nuvem. Os números cresceram para 29% em 2014 e para 33% agora. De fato, 51% dos operadores de data center observaram ataques DDoS saturarem sua conectividade à Internet. Houve também um grande aumento no número de data centers que observaram ataques a partir de servidores dentro de suas redes: 34%, comparando-se a 24% no ano anterior.

- Falhas nos firewalls durante ataques DDoS:
Mais da metade dos participantes empresariais relataram falha de firewall resultante de um ataque DDoS, em comparação a um terço no ano anterior. Firewalls em linha encarregados de verificar o estado das conexões aumentam a superfície de ataque, sendo provavelmente as primeiras vítimas de um ataque DDoS, tendo sua capacidade de monitorar conexões esgotadas. E, uma vez que estão em linha, podem também contribuir para maior latência na rede.



Cinco principais tendências em ameaças avançadas

- Foco em melhores respostas: 
57% das empresas buscam implementar soluções para acelerar os processos de resposta a incidentes. Entre os provedores de serviços, um terço reduziu o tempo necessário para descobrir uma Ameaça Persistente Avançada (APT) em sua rede para menos de uma semana, e 52% declararam que seu tempo entre descoberta e contenção foi reduzido para menos de um mês.
- Melhor planejamento: 
 Em 2015 aumentou a proporção de empresas participantes que desenvolveram planos formais de resposta a incidentes e dedicaram recursos para responder a esses incidentes: 75%, contra dois terços no ano anterior.

- Invasores em foco: 
A proporção de participantes empresariais observando invasores maliciosos subiu para 17% (em comparação a 12% no ano anterior). Quase 40% dos participantes empresariais ainda não têm uma solução implementada para monitorar dispositivos BYOD em sua rede. A proporção dos que relatam incidentes de segurança relacionados ao BYOD dobrou para 13%, contra 6% no ano anterior.
- A questão das equipes: 
Houve uma queda significativa na proporção de participantes que buscam aumentar suas equipes internas para melhorar a prontidão e resposta a incidentes, de 46% para 38%.

- Crescente dependência de suporte externo: 
A falta de recursos internos levou a um aumento no outsourcing de serviços gerenciados e de suporte, com 50% das empresas tendo contratado uma organização externa para a resposta a incidentes. Essa proporção está 10% acima do percentual relacionado aos provedores de serviços. Entre os provedores de serviços, 74% relataram ter observado maior demanda dos clientes por serviços gerenciados.


Escopo da pesquisa
- 354 respostas, contra 287 para o relatório anterior, de um mix de provedores de serviço Tier 1 e Tier 2/3, hospedagem, serviços móveis, empresas e outros tipos de operadores de redes de todo o mundo.
- Pela primeira vez nos 11 anos de história desta pesquisa, quase metade dos participantes (48%) pertence a outros tipos de organização, proporcionando uma perspectiva mais diversificada quanto aos diversos tipos de redes. Essa porcentagem é maior que os 40% de 2014 e 25% de cinco anos atrás.
 
- As organizações empresariais estão muito bem representadas, com 38% do total de participantes. Os outros participantes não provedores de serviços são instituições governamentais (6%) e educacionais (4%).

- Os dados desta pesquisa cobrem o período de novembro de 2014 a novembro de 2015.


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