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Segurança Eletrônica | De olho no panorama atual


O CFTV é hoje uma necessidade e ferramenta fundamental para o varejo. Encontrado em áreas como Operações, Segurança, Gestão de Estoques e Prevenção de Perdas, permite o monitoramento e validação de processos e controles, bem como a identificação de ações indevidas, diminuindo custos operacionais de ônus oriundos de operação.

Pode-se dizer que atualmente existem dois principais grupos de sistemas de CFTV, o analógico (analógico convencional e HD) e o CFTV IP. Segundo a HD-CCTV Alliance (associação internacional que cria padrões para sistema de CFTV de alta resolução), as vendas no mundo de câmeras analógicas HD já ultrapassaram as vendas de câmeras analógicas convencionais. Até 2019 as câmeras analógicas convencionais deverão perder em vendas até para as câmeras IPs.

Há alguns anos foi criado um novo padrão para sistema de CFTV de alta resolução, com trafego de imagens sobre cabos coaxiais. A tecnologia denominada HD-SDI (High Definition Serial Digital Interface), trafegava um sinal digital por uma estrutura que normalmente é utilizada para sistemas analógicos.

O novo modelo apresentado ao mercado enfrentou grandes dificuldades para se manter, pois demandava cabos coaxiais de boa qualidade, as distâncias máximas de cabeamento e os preços dos equipamentos não eram muito diferentes dos sistemas IP. Consequentemente a convergência natural aconteceu do sistema analógico para o IP e não para o SDI. Por fim, esse sistema não se tornou padrão para CFTV e atualmente é apenas utilizado em sistema de gravação de imagens para televisão.

De acordo com o Instituto CFTV, no Brasil, 60% das tecnologias de CFTV possuem o sistema analógico convencional; 30% são de sistema CFTV IP e somente 10% contam com o sistema analógico HD. Os sistemas analógicos de alta definição estão ganhando espaço no mercado a ponto de se falar da “morte” dos sistemas analógicos convencionais de baixa resolução. Esses equipamentos de alta definição entraram no mercado com os mesmos preços das câmeras analógicas convencionais. Inicialmente possuíam resolução de até 2MPixels, porém atualmente possuem resolução de até 5MPixel (HD-TVI), similar aos modelos de câmeras IPs mais comuns.

Até pouco tempo atrás, a única opção HD, disponível para o mercado de CFTV era o sistema IP, que sempre foram muito mais caros que os sistemas analógicos convencionais, por conta do seu alto desenvolvimento tecnológico. Já os sistemas analógicos HD são de baixa complexidade, assim como os seus “irmãos” analógicos convencionais, o que os faz extremamente competitivos e com ótima relação custo-benefício. Além de ter um tempo de migração curto, o sistema possui equipamentos mais acessíveis e infraestrutura relativamente barata (para projetos de pequeno e médio porte). No que diz respeito à parte técnica, ele não possui delay de imagem e os cabos coaxiais podem chegar até 1.000m.

Atualmente existem três padrões de sistemas de CFTV analógico, que não são compatíveis entre si. Esses padrões são:
  • HD-TVI – High Definition - Transport Video Interface
  • HD-CVI – High Definition - Composite Video Interface
  • AHD – Analog High Definition

As aplicações de tais modelos variam de acordo com o cliente. Atualmente, muitas empresas fazem a escolha dos materiais de segurança com base no preço ou apenas por achar que estão dando um passo para soluções integradas, mas acabam deixando de lado funcionalidade dos mesmos. Um projeto de CFTV que visa gerenciar uma unidade de negócio de forma eficiente ou até mesmo a criação de uma Central de Monitoramento é uma tarefa levada a sério por parte do cliente e seu fornecedor. Ao possibilitar a integração entre soluções, é possível gerar automação, agilidade e assertividade.

Próximos passos
A elevação contínua das resoluções dos sistemas de televisão, bem como das transmissões de vídeo pela internet e sistemas de CFTV, vem aumentando a necessidade de espaço necessário para armazenamento e a banda de rede para a transmissão do vídeo. Apesar dos avanços tornarem os equipamentos mais acessíveis, os serviços de transmissão e armazenamento demandados pela tecnologia ainda são muito caros.

As grandes empresas estão em processo de homologação e investimento em novas soluções que possam ser mais flexíveis no que diz respeito a fazer mais com menos: gerar melhores resultados consumindo menos. Isso se dá por conta do atual cenário de infraestrutura do Brasil, o qual ainda apresenta restrições tecnológicas.

Exemplo disso foi o desenvolvimento do H.265, que é duas vezes mais eficiente que seu antecessor. Ele é capaz de fazer a transmissão imagem com a mesma qualidade do H.264 ocupando metade da banda de rede e armazenamento. O novo formato de compressão encontrado na tecnologia mais recente foi denominado H.265HEVC (High Efficiency Video Coding).

Analisando o mercado de sistemas como esse é possível concluir que “fazer mais com menos” será o lema dos próximos capítulos. Com materiais mais baratos, menor consumo de banda, e tempo de migração mais curto, poderemos notar uma convergência natural dos sistemas de CFTV analógicos convencionais para os sistemas HD.


Por: Gilberto Quintanilha Júnior e Bruno Gilli
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