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Conheça o novo padrão NBASE-T de Gigabit Ethernet


Tradicionalmente a tecnologia Ethernet (IEEE 802.3) em redes cabeadas tem evoluído em saltos múltiplos de dez no que diz respeito à sua taxa de transmissão. O leitor pode observar na tabela acima uma síntese dessa evolução ao longo dos anos, considerando seu uso apenas nos cabos do tipo par-trançado. O objetivo deste artigo não é discutir as principais categorias de cabos par-trançado.

Outra tecnologia que evoluiu rapidamente em termos de taxas de transmissão foi o WiFi (IEEE 802.11) em redes sem fio. Atualmente o WiFi é imprescindível porque permite que os recursos e serviços da rede, principalmente a Internet, possam ser acessados a partir dos dispositivos móveis dos usuários. Ocorre que o número de usuários com dispositivos móveis somente cresce e a qualidade do conteúdo multimídia consome cada vez mais banda, fatores que têm impulsionado a rápida evolução dessa tecnologia.

A rede cabeada é o mecanismo de "escoamento" de tráfego responsável por prover banda suficiente para que os recursos da infraestrutura possam ser acessados de maneira satisfatória pela grande quantidade de usuários. Isso quer dizer que por trás de toda cobertura wireless, existe uma infraestrutura cabeada capaz de suportar a demanda dos usuários móveis. No entanto, por incrível que possa parecer, o fato é que os padrões WiFi conseguiram acompanhar o ritmo de desenvolvimento dos padrões Ethernet, de forma que agora os enlaces de acesso de apenas 1Gbps (Gigabit-Ethernet) não são mais suficientes para suportar os APs do atual padrão 802.11ac (Gigabit WiFi Wave2) que possuem taxas nominais da ordem de 3 a 6 Gbps.

A solução natural seria atualizar a infraestrutura cabeada para o próximo padrão, ou seja, para o 10GbE, mas existem alguns problemas técnicos em fazê-lo, além do alto custo das interfaces. Para manter o limite nominal do comprimento do cabo de par-trançado em 100 metros, a tecnologia 10GbE somente opera com o cabo do tipo Cat6A. A maioria do cabeamento instalado nas empresas para interligar os terminais e APs nos switches é Cat5e e Cat6. Isso quer dizer que além do alto custo de substituição das interfaces de todos os equipamentos da infraestrutura, também seria necessário reinstalar boa parte do cabeamento na empresa, algo totalmente inviável em termos de retorno do investimento, principalmente em projetos de cabeamento implantados/atualizados recentemente.

Desde março de 2015 a aliança NBASE-T, originalmente fundada pela Cisco em conjunto com outras empresas, vem trabalhando na proposta do rascunho IEEE P802.3bz para amenizar esse impasse. Com perspectiva de aprovação do novo padrão em setembro de 2016, a proposta da aliança é conseguir atingir velocidades intermediárias entre os limiares de 1Gbps (Gigabit-Ethernet) e 10Gbps (10GbE), especificamente 2.5Gbps utilizando o cabeamento Cat5e (2.5GBASE-T) e 5Gbps utilizando o cabeamento Cat6 (5GBASE-T) já instalado nas empresas.

Ainda que a opção de evoluir para o padrão 10GbE seja a melhor solução técnica do ponto de vista de escalabilidade para permitir o crescimento da rede, é inegável que o NBASE-T será muito atrativo como solução de curto e médio prazos para permitir o crescimento da rede sem a necessidade de altos investimentos, o que permitirá que as empresas consigam diluir melhor seus custos e melhorar o retorno dos investimentos recém realizados em cabeamento. Os switches Multi-Gigabit da Cisco já são aderentes ao NBASE-T, sendo que o leitor pode encontrar mais informações sobre esses switches no link abaixo:


Por: Samuel H. Bucke Brito
Fonte: Lab Cisco Brasil
Edição: Diogenes Bandeira - Consultor de Segurança Eletrônica
Blog: Diogenes Bandeira
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