SSD (sigla do inglês solid-state drive) ou unidade de estado sólido é um tipo de dispositivo sem partes móveis para armazenamento não volátil de dados digitais. Tipicamente, são construídos em torno de um circuito integrado semicondutor, o qual é responsável pelo armazenamento, diferentemente, portanto, dos sistemas magnéticos (como os HDs e fitas LTO ) ou óticos (discos como CDs e DVDs ). Alguns dos dispositivos mais importantes usam memória RAM, e há ainda os que usam memória flash (estilo cartão de memória SD de câmeras digitais).
Os dispositivos SSD têm algumas características que constituem vantagens e desvantagens sobre dispositivos de armazenamento convencionais. Entre elas:
- Vantagens:
Tempo de acesso reduzido. O tempo de acesso à memória RAM é muito menor do que o tempo de acesso a meios magnéticos ou ópticos. Outros meios de armazenamento sólidos podem ter características diferentes de hardware e sofware de diferentes caracteristicas fisicas. Eliminação de partes móveis eletro-mecânicas, o que reduz vibrações e os torna completamente silenciosos; Por não possuírem partes móveis, são muito mais resistentes que os HDs comuns contra choques mecânicos, o que é extremamente importante quando se fala em computadores portáteis; Menor peso em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis; Consumo reduzido de energia; Possibilidade de trabalhar em temperaturas maiores que os HDs comuns - cerca de 70° C; Banda muito superior aos demais dispositivos, com dispositivos apresentando 250MB/s na gravação e até 700MB/s nas operações de leitura.
- Desvantagens:
Alto custo para o usuário final; Capacidade de armazenamento inferior aos discos rígidos IDE e SATA; As taxas de transferência (na maioria dos modelos) são equivalentes a de um HD modesto. Em sistemas de alto desempenho, o critério de alta velocidade de acesso é o mais importante, além de reduzir bastante o tempo de boot, mas no caso de dispositivos de baixo consumo de energia, ou baixo custo, o critério da redução do consumo de energia é o mais importante. Porém, para os padrões atuais de mercado e aplicação, os dispositivos SSD ainda são bastante caros se comparados a dispositivos magnéticos. Para solucionar este problema, atualmente estão sendo lançados discos híbridos, contendo aproximadamente 2GB em Flash mais um disco convencional. Devido à esta grande diferença de preço os SSD estão atualmente restritos as notebooks ultraportáteis onde suas vantagens são melhor aproveitadas. A Toshiba anunciou o lançamento da maior memória Flash do mercado, com 256 GB de capacidade. A IBM tem um modelo com 4TB. Novos drives são apresentados em uma alta freqüência, mostrando que é uma tecnologia em que estão sendo investidos muitos recursos. Em de outubro de 2011 a empresa OCZ Lançou o primeiro SSD de 1TB de 2,5 polegadas do mundo. Com este lançamento fica cada vez mais evidente que os HDs comuns estão com seus dias contados. De fato, a ideia é trocar um disco rígido por memórias de estado sólido de forma natural. O conector, a interface e as características lógicas são as mesmas. Na verdade um disco de estado sólido pode ter o mesmo tamanho de um disco de 3.5", se encaixado normalmente no lugar de um disco rígido. Mas ainda estamos longe de decretar a morte dos discos rígidos. As duas tecnologias ainda vão coexistir por um longo tempo e provavelmente ganharão novos rivais.
Alguns modelos de SSDs possuem otimizações para aumentar suas performances através da redução de lixo coletado durante as leituras realizadas. Esta propriedade conhecida como TRIM, a palavra TRIM não é uma abreviação, é simplesmente o comando que o sistema operacional utiliza para informar a um SSD que determinado bloco de informação não está em uso e portanto não precisa ser recuperado durante leituras no setor ao qual ele pertence. O sistema operacional Windows 7 dá suporte à TRIM, o MAC OS X versão 10.6.8 (ou mais recentes) também, no caso do Linux as versões 2.6.33 ou mais recentes também dão suporte à TRIM.
- MLC (Multi Level Cell);
MLC são empregadas nos dispositivos eletrônicos de uso corrente, como “pen-drives” e cartões de memória. Já existem no mercado módulos de até 250 GB (esperando-se para breve os primeiros de 2 TB), são mais baratas, mais compactas (uma única “célula” pode armazenar dois bits através da variação dos níveis de corrente que conduz em quatro intensidades identificáveis), mas em contrapartida apresentam um desempenho duas vezes menor que o das memórias SLC e impõem um limite de 10.000 (dez mil) operações de escrita por célula.
- SLC (Single Level Cell):
SLC são mais caras, menos densas (cada célula armazena apenas um bit, como toda célula de memória que se preza) e os módulos de maior capacidade hoje existentes armazenam apenas 200 GB (esperando-se para breve os de 1 TB). Em contrapartida admitem até 100.000 (cem mil) operações de escrita por célula e apresentam um desempenho muito superior: tempo de leitura de 25 microssegundos, de escrita de 200 microssegundos e necessitam de apenas 1,5 microssegundo para apagar o dado armazenado (repare que a unidade é microssegundo, ou milionésimo de segundos, e não milissegundo, ou milésimo de segundo, usualmente adotado para medir o desempenho de discos magnéticos). Este tipo de memória flash tem sido usado até o momento apenas em aplicações militares, industriais e corporativas. Preços mais baixos normalmente usam unidades Multi Level Cell (MLC), que é mais lento que uma unidade Single Level Cell (SLC).
Por: Diogenes Bandeira.
Fonte: Livros e internet.
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