É comum gamers baixarem hacks para acelerar o processo de evolução de um personagem em jogos online. E, mais comum ainda, são esses arquivos conterem códigos maliciosos.
Uma pesquisa realizada e divulgada na quinta-feira (11) pela empresa de antivírus AVG mostrou que 90% dos arquivos de jogos baixados em sites alternativos ou torrents estão infectados com códigos executáveis e malwares projetados para roubar e destruir. Cinco dos melhores games multiplayer online (MMORPG) - World of Warcraft, League of Legends, Runescape, World of Tanks e Minecraft - são jogados por mais de 330 milhões de pessoas em todo o mundo e pertencem a uma indústria multibilionária, segundo o empresa. Toda essa popularidade também significa chamar a atenção de crackers. Ser um jogador requer tempo, paciência para 'upar' o personagem e conquistar ouro, habilidade, vestimentas e outros apetrechos importantes, além de dinheiro para investir em tal jogo. Nos Estados Unidos, por exemplo, gamers gastam quase 130 dólares anuais em jogos online. Às vezes, alguns deles recorrem a hacks para acelerar esse progresso ou mesmo para poder jogar sem pagar - e é aí que mora o perigo. São jogos piratas, geradores de chaves de licença (keygens), patches, que são baixados em sites alternativos. "Estes podem parecer, à primeira vista, uma opção fácil para um jogador que busca melhorar a posição do seu personagem ou simplesmente obter algo de graça, mas os crakers estão constantemente fazendo hacks e cracks para os títulos mais populares e mais recentes, e a maioria contêm pequenos pedaços de códigos executáveis projetados para espiar, roubar e destruir", diz o relatório. Os pesquisadores da AVG analisaram dezenas de hacks e cracks encontrados em serviços de metabusca como o FilesTube e o FileCrop. Quase todos os arquivos (90%) estavam infectados. "Mesmo se assumirmos que apenas 0,1% dos gamers que jogam os cinco principais títulos usaram um hack - uma estimativa muito conservadora - isso significa que 330 mil pessoas estão potencialmente em risco de serem vítimas desses malwares, o que poderia levar à perda de qualquer ativos legítimo e pago, bem como informações pessoais sigilosas, como dados bancários e senhas de e-mail e plataformas sociais", alerta a empresa. Em teste realizado pela AVG, uma busca para um hack para o Diablo III retornou 40 resultados - todos eles com chamadas tentadoras, que incentivariam os usuários a baixá-los. Para títulos mais populares, como o World of Warcraft, a pesquisa retornou mais de 100 resultados. A equipe de segurança da AVG escolheu um hack aleatório para realizar o download. Depois de baixar e descompactar o arquivo de nome ‘Diablo 3 Item generator and gold hack.zip’, o antivírus detectou imediatamente um código malicioso, segundo a empresa.
Principais danos:
Os códigos maliciosos visam invadir a máquina para "caçar" senhas salvas em sites. Qualquer informação pessoal e sigilosa encontrada é enviada ao cracker via e-mail. Perder o controle da conta também é outro problema que esse tipo de malware pode causar. A venda de personagens de alto nível no mercado negro é especialmente rentável - e pode chegar a custar centenas de dólares. Fora isso, os itens que o jogador possui na conta também podem ser vendidos antes mesmo que o usuário consiga entrar em contato com o administrador e relatar a conta hackeada. Para se proteger, a dica é manter sempre as defesas da máquina ativas e atualizadas e, o mais recomendado, não baixar arquivos de sites alternativos. A empresa também recomenda a utlização de senhas e nome de usuário diferentes para cada jogo e para fóruns que o usuário possa vir a frequentar.
Fonte: AVG Anti-Vírus.
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