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| Imagem divulgada pelas Forças Armadas francesas mostram veículos blindados se dirigindo a Diabaly - Foto: AFP | 
 O Exército francês, com apoio das forças 
armadas do Mali, entrou nesta segunda-feira em Diabali e em Duentza, 
duas cidades que estavam em poder dos islamitas. A França comanda uma 
ofensiva no país africano para evitar que grupos ligados à rede 
terrorista Al-Qaeda que dominam o norte do país cheguem à capital 
Bamaco. Em Argel, o primeiro-ministro Abdelmalek 
Sellal assegurou que os islamitas que mataram 38 pessoas, entre elas 37 
estrangeiros, durante o ataque seguido de sequestro em um campo de 
exploração de gás na Argélia, "vieram do norte do Mali". Os 
sequestradores exigiam o final da ofensiva francesa no país para 
libertar os reféns.  Os 2.150 soldados franceses da operação 
Serval que já estão no Mali consolidaram suas posições em Niono e 
Sevare, dois pontos estratégicos. Niono, 350 quilômetros a nordeste de 
Bamaco, está localizada a 60 quilômetros de Diabali, uma região tomada 
no dia 14 de janeiro pelos islamitas que, segundo o Exército malinense, 
foi abandonada em parte após os intensos bombardeios da aviação 
francesa. Nesta segunda-feira, uma coluna de cerca 
de trinta veículos blindados com cerca de 200 soldados malinenses e 
franceses entrou na cidade de Diabali às 09h locais (07h de Brasília) 
sem encontrar resistência. Com bandeiras francesas, aplausos e gritos de
 "Viva a França", a população comemorou a entrada dos soldados, uma 
semana depois da cidade cair nas mãos dos extremistas. "Estou muito 
feliz", disse Mohamed Suribuhari, comerciante e um dos poucos que fala 
francês. "Estávamos sendo ameaçados pelos jihadistas, ficamos muito 
tempo dentro de nossas casas. Mas eles fugiram sexta-feira à noite, 
depois dos bombardeios", relatou. Em Paris, o ministro francês da Defesa , 
Jean-Yves Le Drian, anunciou a tomada de Duentza, 800 km a noroeste de 
Bamaco. "Este avanço do Exército malinense nas cidades em poder dos seus
 inimigos representa uma vitória militar certa para o governo de Bamaco e
 para as forças francesas", declarou em um comunicado. Duentza, a cerca 
de 100 quilômetros de Konna (centro), reconquistada na quinta-feira pelo
 Exército do Mali, caiu nas mãos do Movimento pela Unidade e a Jihad na 
África Ocidental (Mujao) em 1º de setembro. Está localizada na estrada 
estratégica que permite o avanço das operações em direção às cidades do 
norte do país, como Timbuktu, Gao ou Kidal, ocupadas desde o fim de 
março de 2012 pelos grupos islamitas armados.
 Várias fontes indicaram que os islamitas 
recuaram do centro do país em direção a Kidal, no extremo nordeste, a 
1.500 quilômetros de Bamaco, perto da fronteira argelina. Kidal foi a 
primeira cidade do norte conquistada pelos rebeldes tuaregues do 
Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA) e pelos islamitas 
que, posteriormente, expulsaram os tuaregues.
 No domingo, novos países atenderam ao 
apelo por ajuda logística e financeira da Comunidade Econômica de 
Estados da África do Oeste (CEDEAO) para a mobilização da MISMA (Missão 
Internacional de Apoio ao Mali), que será composta por 5.800 militares 
de diferentes países da África. O presidente da Comissão da Cedeao, 
Desire Kadre Ouedraogo, pediu à comunidade internacional que se mobilize
 para financiar a MISMA. Segundo ele, uma primeira avaliação situa as 
necessidades em "500 milhões de dólares".
  
 O financiamento das operações da MISMA 
era avaliado até agora em entre US$ 199 e US$ 266 milhões. A União 
Europeia (UE) decidiu participar com US$ 66 milhões. Cerca de 2 mil 
membros da MISMA serão mobilizados antes de 26 de janeiro, mas até agora
 só chegaram a Bamaco cerca de 150 soldados.
 A União Europeia, por sua vez, se limitou
 a propor uma reunião internacional ministerial sobre o Mali no dia 5 de
 fevereiro em Bruxelas, com a participação da União Africana, da Cedeao e
 da ONU. Os europeus decidiram na quinta-feira acelerar o envio de 450 
militares de uma missão encarregada de reorganizar o Exército do Mali, a
 fim de torná-lo operacional "até meados de fevereiro".
 No domingo, o grupo islamita Ansar Dine 
(Defensores do Islã), aliado da Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), 
forneceu seu primeiro registro de baixas da guerra. O grupo, que afirma 
ter matado 60 soldados malinenses e ter derrubado dois helicópteros 
franceses desde 10 de janeiro, também reconheceu a perda de oito 
mujahedines. As autoridades malinenses informaram sobre a morte de 11 
soldados em combates ao redor de Konna, enquanto Paris havia anunciado o
 falecimento de um piloto de helicóptero.
Fonte: AFP. 
Forças francesas avançam ao norte e recuperam 2 cidades do Mali.
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