Você já deve ter assistido a vários filmes de ação, nos quais personagens durões parecem voar enquanto disparam inúmeros tiros com as mais variadas armas de fogo. Talvez tenha sido essa imagem que acabou motivando uma questão hipotética enviada ao site what if por um internauta curioso. A pergunta, que pode ser traduzida como “é possível construir um dispositivo que possa voar utilizando disparos de metralhadoras dirigidos para baixo?”, gerou uma série de cálculos e indagações, além de uma resposta surpreendente: sim! Hipoteticamente, claro.
Voo hipotético:
De acordo com a explicação do site, o princípio é bastante simples. Se quando disparamos uma arma apontada para frente o impulso provocado nos empurra para trás, então, se a dispararmos voltada para baixo, o impulso nos empurraria para cima. Mas quantas armas seriam necessárias para conseguir que, digamos, uma plataforma pudesse voar com a força dos disparos? Segundo os cálculos do pessoal do what if, pelo menos 300 AK-47s carregadas com 250 projéteis cada uma. Tal arsenal seria capaz de gerar uma aceleração vertical com velocidades próximas aos 100 metros por segundo, que nos permitiriam alcançar alturas de mais de 500 metros. Contudo, com apenas 25 dessas armas já seria possível sair do solo.
Por: Maria Luciana Rincon Y Tamanini para o Tecmundo.
O fuzil de assalto AK-47 (Avtomat Kalashnikova - 47, fuzil automático Kalashnikov, modelo de 1947 ) surgiu na União Soviética logo após o fim da Segunda Guerra Mundial inspirado no fuzil de assalto alemão Sturmgewehr 44 , sendo o fuzil mais fabricado de todos os tempos. Estima-se que o número de exemplares produzidos tanto na Rússia como sob licença em
países como a Bulgária, China,
Hungria, Índia, Coréia do Norte,
Romênia entre outros, chegue a impressionante cifra de 90 milhões. Países como a Finlândia e Israel também basearam-se no projeto deste fuzil para produzirem seus modelos M62 e Galil respectivamente. É caracterizado por sua grande rusticidade, facilidade de produção em massa, simplicidade de operação e manutenção, além de reconhecida estabilidade em baixas e altas temperaturas. Deixa a desejar nos requisitos precisão, ergonomia e peso. Seu funcionamento se dá de modo similar aos demais fuzis de assalto, pelo aproveitamento indireto dos gases que são desviados da parte posterior do cano até um cilindro montado acima deste, onde pressionam um êmbolo de longo curso que aciona o recuo do ferrolho de trancamento rotativo. O ferrolho desliza sobre dois trilhos na caixa da culatra com uma folga significativa entre as peças móveis e fixas, o que permite que opere com o seu interior saturado de lama ou areia. Dispara munição 7,62 x 39 mm nos modos automático e semi-automático. Seu registro de tiro e segurança é considerado por muitos sua principal desvantagem, não corrigida nos modelos posteriores. É lento e desconfortável, exige esforço extra para operar, especialmente com luvas, e quando acionado produz um "clique" alto e distinto. Outra desvantagem é a posição do ferrolho, que permanece fechado após o último tiro. É alimentado por um carregador tipo cofre metálico bifilar de trinta projéteis, com retém localizado à frente do guarda-mato. Outros tipos de carregadores como o de quarenta projéteis ou o tambor de 75 projéteis da RPK também podem ser usados. Seu aparelho de pontaria é graduado de 100 m a 1000 m (800 no AK), e um ajuste fixo que pode ser usado para todas as faixas de até 300 metros. Pode também pode ser equipado com lançador de granadas montado sob o cano. A versão de coronha dobrável foi desenvolvida para as tropas aerotransportadas e denominadas AKS (AKMS). Os AK foram concebidos com baionetas destacáveis do tipo faca, que associada a sua bainha transforma-se numa tesoura de cortar arames.
- AK-46 : protótipo que deu origem ao AK-47;
- AK-47 : modelo de produção inicial, com uma caixa de culatra de metal estampado do Tipo 1;
- AK-47/1952 : modelo com uma caixa de culatra maquinada, coronha e guarda-mão de madeira e câmara e cano cromados para resistirem à corrosão;
- AKS-47 ou AK-47S : variante da AK-47 com coronha metálica dobrável, para uso no interior de veículos fechados;
- RPK : variante de apoio de fogo, com cano mais longo e bipé;
- AKM : variante aperfeiçoada e mais leve da AK-47. Dispõe de uma caixa de culatra do Tipo 4, feito de metal estampado e rebitado, um dispositivo na boca do cano para contrariar o seu levantamento em fogo automático e uma redução de peso para os 3,61 kg;
- AKMS : versão de coronha rebatível para baixo da AKM, para uso de tropas aerotransportadas;
- AK-74 : versão de calibre 5,45 x 39 mm;
- AK-74N : versão da AK-74 com dispositivos de visão noturna;
- AKS-74 : Variante da AK-74 com coronha feita em aço dobrável para esquerda;
- AK-101 : versão de calibre 5,56 mm NATO, destinada ao mercado de exportação;
- AK-103 : versão combinando os aperfeiçoamentos introduzidos na AK-74 com o calibre 7,62 x 39 mm;
- AK-107 : versão aperfeiçoada da
AK-74;
- AK-9 : adição mais recente à família, em 2006 .
Por: Diogenes Bandeira.
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